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Campinas
sábado, junho 14, 2025

Não saberia mais ser torcedor!

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Hoje a violência está banalizada no mundo todo. Ler, ouvir ou ver notícia catastrófica não choca mais como antigamente. No futebol falamos muito do comportamento do torcedor e ficamos pasmados, por vezes, quando nos deparamos com situações de violência explícita. No jogo do Guarani com o Santos, realizado no Brinco de Ouro, vi uma briga imensa antes da partida, quando chegava ao estádio. Um policial me explicou que tudo começou quando torcedores do Santos estavam no portão de entrada reservado, exclusivamente, aos torcedores bugrinos. Claro que nada justifica, mas diante do retrospecto e dos confrontos entre torcidas, que tem motivado estudos especializados, reputo que ouve desatenção das autoridades responsáveis pela segurança. A torcida do Santos não poderia estar naquele local. Talvez um comboio feito pela polícia e uma orientação prévia pudessem evitar este conflito. Quando cheguei só vi a Polícia Militar se defrontando com os torcedores do Guarani. Primeiro a Cavalaria, depois a Tropa de Choque. Alguns apanharam, outros bateram, mas todos perderam. Numa briga nenguém vence. Poucos torcedores foram detidos e as conseqüências só foram trágicas porque, dois torcedores da torcida uniformizada “Fúria Independente” que exercem forte controle sobre os torcedores tomaram frente na situação e ajudaram a acalmar os ânimos. Não sei, no entanto, se eles estavam envolvidos na primeira confusão que me foi relatada pelo Policial Militar. Iniciei esta coluna com este fato porque me perguntei ontem se eu estaria preparado para ser novamente torcedor, caso deixasse o jornalismo. Acho que não. Embora a violência no futebol não date de pouco tempo, nós que estamos envolvidos com os meios de comunicação não conseguimos conceber os atos de violência. Claro que o cidadão de bem também não. Mas quem tem o poder de usar a máquina da imprensa, rádio, tv e jornal, parece que se depara com uma indescritível derrota, quando estes acontecimentos são verificados. Quando disse que a violência não data de agora, quero relatar aqui um fato de 1970, no Campeonato Paulista da Segunda Divisão de Profissionais, entre Mogi Mirim e Santarritense, em Mogi. Neste jogo o árbitro foi muito ruim e provocou a ira da torcida mogimiriana, que não pensou duas vezes e atirou tantas pedras, quanto achou entre o entulho acumulado pela construção das arquibancadas, do antigo estádio Vaiul Chaves, hoje Papa João Paulo II. Nesta confusão e em meio a tantas pedradas vi o então prefeito de Mogi Mirim, naquela oportunidade, Adib Chaib ser atingido no rosto, por uma das pedras, quando pedia calma aos torcedores do Mogi. O saudoso prefeito foi atendido, naquele dia, por integrantes de sua comitiva que o levaram, ensangüentado, do estádio. Já se aram 36 anos deste fato até hoje e ao longo da minha carreira vi muita violência. Ressalto, contudo, que ontem quando estava relatando para a Rádio Central de Campinas, senti um vazio enorme e por mais que o tempo de profissão pudesse me ajudar a controlar a emoção não consegui ver com naturalidade aquele confronto entre torcedores bugrinos e o policiamento. Em alguns momentos cheguei a pensar que os cavalos que os policiais montavam iriam pisar nos torcedores. Não quero ar nenhuma idéia de que este ou aquele esteja errado, apenas expressei o sentimento que tive naquele momento. Acho que todos fizeram aquilo que achavam devido fazer, mas não foi nenhum espetáculo. Se para torcer por um time é preciso ar por estes confrontos. Se para torcer para por um time você precisa enfrentar àqueles que são pagos para prevenir a sua segurança. Se para torcer por um time futebol você sai de casa e corre o risco de voltar machucado ou mesmo não voltar, eu confesso, não saberia mais ser torcedor de futebol. Seria quem sabe um torcedor de poltrona, a da minha casa.

Um abraço e boa sorte!

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